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Dr. Jean-Louis Vincent dá entrevista ao Cardiosource e elogia a medicina brasileira


Autor: Dr. Bruno Paolino.

O professor Jean-Louis Vincent tem muitos motivos para comemorar. Ele está celebrando este ano a trigésima edição do simpósio internacional de terapia intensiva e emergência médica (ISICEM, na sigla em inglês), que se transformou na conferência mais respeitada do mundo na especialidade. Este simpósio, que sempre foi organizado por ele, ocorre todo o mês de março em sua cidade natal, Bruxelas. E o currículo do Prof. Vincent é absolutamente invejável: mais de 600 artigos originais, mais de 250 artigos de revisão e capítulos de livro, 68 livros publicados, editor-chefe da Critical Care – a maior revista de terapia intensiva do mundo – e mais 2 outras revistas científicas na área, professor e chefe do departamento de Medicina Intensiva do Erasme University Hospital, da Universidade de Bruxelas.

O Cardiosource foi a Bruxelas para cobrir o 30o ISICEM, e fez uma rápida entrevista, mas exclusiva, com o Professor Vincent. Ele falou sobre o passado e o futuro da terapia intensiva no mundo.

Cardiosource em Português: Professor Vincent, antes de tudo eu gostaria de parabenizá-lo pelo 30o aniversário deste excelente congresso.

Jean-Louis Vincent: Muito obrigado.

Cardiosource em Português: E, por falar nisso, como foram os últimos 30 anos da terapia intensiva? O que o senhor falaria para os médicos brasileiros sobre esses últimos 30 anos?

Jean-Louis Vincent: Ah, é uma história muito longa! Foi uma grande jornada, e nós caminhamos muito nesses últimos 30 anos. Evoluímos muito, e aprendemos muito também. Eu acredito que temos melhorado bastante o cuidado ao paciente ao longo do tempo. Nós, da terapia intensiva, fizemos bem aos doentes nos últimos 30 anos. Mas talvez tenhamos ainda que crescer bastante. Nem tanto com relação aos desfechos, mas principalmente em relação às estratégias de tratamento, de monitoramento, de acompanhamento e de estratificação dos nossos doentes. É muito importante que se tenha desafios, e nós temos. Isso é para os próximos 30 anos...

Cardiosource em Português: A cardiologia, principalmente em relação em relação à doença coronária aguda, teve um grande crescimento nos últimos anos e décadas através de um tratamento muito agressivo. O senhor acredita que será da mesma maneira na terapia intensiva, para os próximos 30 anos?
 
Jean-Louis Vincent: Tem sido a mesma coisa! Na sepse, por exemplo, aprendemos que devemos atuar muito agressivamente no início da doença. Tivemos um desenvolvimento tecnológico muito grande, e aprendemos bastante que precisamos trabalhar muito rapidamente para que possamos mudar os desfechos. Isso que nos faz mudar a mortalidade dos nossos pacientes. Acho que seremos cada vez mais rápidos e agressivos no tratamento.

Cardiosource em Português: O senhor poderia mandar uma mensagem para os cardiologistas e os intensivistas brasileiros?

Jean-Louis Vincent: Claro! Eu gosto bastante do Brasil, e acho que a medicina brasileira é muito boa. A medicina brasileira é muito forte, porque tem médicos muito bons, muito cuidadosos, interessados. Eu vou virtualmente todo o ano ao Brasil, e percebo o desenvolvimento do pensamento científico por lá. A gente se encontra em Breve no Brasil!

Cardiosource em Português: Muito obrigado, professor!

Jean-Louis Vincent: Foi um prazer! Obrigado.

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