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Ranking Mundial de Universidades 2016 mostra a situação do Brasil

Autora: Dra. Larissa Biolchini*

Revisor: Dr. Bruno Paolino


A revista inglesa Quacquarelli Symonds publicou este mês o novo ranking das melhores universidades do mundo. Foram consideradas mais de 3.000 e avaliadas aproximadamente 900 universidades de todas as partes do mundo. Neste ranking mundial, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) ficou em primeiro lugar e a Universidade de Harvard em segundo, ambas dos EUA. o Brasil apareceu no apenas na posição de número 143, representado pela Universidade de São Paulo (USP), seguida pela Universidade de Campinas (Unicamp) na 195ª posição.
 
A revista iniciou seus rankings em 2004 e desde então desenvolve dados para ilustrar a força das instituições. A metodologia para o desenvolvimento do ranking foi ajustada no ano passado para aprimoramento das decisões e equalizar a importância das cinco áreas básicas: Artes/Humanas, Ciências Naturais, Engenharia/Tecnologia, Medicina/Ciências da vida e Ciências Sociais/Administração. Foram utilizados seis indicadores para o desenvolvimento do ranking: reputação acadêmica de pesquisa global, taxa de estudantes por faculdade, citações por faculdade, reputação de empregadores de pesquisa global, proporção de estudantes internacionais e proporção de faculdades internacionais.

Como resultado, os EUA permaneceram na dianteira do ranking, com os dois primeiros lugares e com 5 universidades entre as 10 melhores do mundo. Em terceiro lugar ficou a Universidade de Cambridge, da Grã-Bretanha. O país, aliás, teve 4 universidades entre as 10 melhores. Ao selecionar o campo da Medicina para a pesquisa das melhores universidades, a Universidade de Harvard desponta em primeiro lugar. Entre os 10 primeiros colocados, a disputa ocorre entre universidades dos EUA e da Inglaterra, contando também com um representante da Suécia. O Brasil aparece no ranking da Medicina entre os 100 primeiros, novamente com a USP, mas apenas na centésima colocação.

No ranking geral da América Latina, o Brasil foi representado por 4 universidades entre as 10 melhores, ficando a USP no primeiro lugar, seguida pela Unicamp (2a), Universidade Federal do Rio de Janeiro (5a) e Universidade de Brasília (9a). O aparente bom resultado brasileiro na América Latina é, na verdade, uma piora em relação ranking do ano passado das 10 melhores, uma vez que a UNESP caiu da oitava para a décima segunda posição.

Mesmo com boas colocações no ranking latino-americano, os resultados apontam a necessidade de aprimoramento das instituições brasileiras no cenário mundial. O crescimento das instituições da China e da Ásia, além dos EUA e a Grã-Bretanha entre as melhores, mostram que há uma relação evidente entre a produção científica e o desenvolvimento econômico do país. Uma forma de aperfeiçoar as instituições brasileiras seria utilizar essa classificação para trocar experiências, conhecimento e estratégias entre universidades de todo mundo por meio de incentivos a programas de intercâmbio, bolsas de estudo, convênios, entre outras iniciativas. Definitivamente, o Brasil ainda tem muito a aprender.

*Dra. Larissa Biolchini é médica residente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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