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FDA restringe o
uso da rosiglitazona. Europa suspende a aprovação do medicamento
Autor: Dr. Humberto Graner Moreira
O órgão máximo de regulação de medicamentos dos Estados Unidos, o Food and Drugs
Administration (FDA) anunciou no dia 23 de setembro que vai limitar
significativamente o uso de rosiglitazona (Avandia) para pacientes com diabetes
tipo 2 (DM2) que não conseguem controlar a doença com pioglitazona (Actos) ou
outros hipoglicemiantes orais. Essas novas restrições vêm em resposta a dados
que sugerem um risco elevado de eventos cardiovasculares com o uso de
rosiglitazona, tais como acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infarto agudo do
miocárdio (IAM).
O FDA também determinou que a GlaxoSmithKline (GSK) convoque um grupo
independente de pesquisadores para analisar aspectos essenciais do ensaio
clínico RECORD, financiado pela empresa, que avaliou a segurança cardiovascular
do Avandia em relação a algumas outras drogas para diabetes.
Durante a revisão do estudo RECORD, o FDA levantou questões importantes sobre o
potencial viés na identificação de eventos cardiovasculares. Daí a exigência de
se elaborar essa revisão independente para esclarecer melhor os resultados. Além
disso, a agência suspendeu ensaio clínico da GSK conhecido como TIDE, e
rescindiu todos os prazos regulamentares para a realização deste estudo. O
estudo TIDE, até então em andamento, compara o Avandia à pioglitazona e outros
medicamentos para DM2. O FDA deixou claro que pode tomar outras medidas ainda
após a re-análise independente do RECORD.
Enquanto isso, o Washington Post relata que a decisão do FDA foi simultânea à
decisão dos reguladores da rosiglitazona na Europa, que anunciaram que retirada
da aprovação do medicamento no mercado europeu.
Contexto: Reveja em Revisando a História da Rosiglitazona, publicada no
Cardiosource em Português em agosto passado, o resumo das avaliações sobre a
segurança da rosiglitazona, que se arrasta desde 2007.