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ISCHEMIA: novo estudo clínico em pacientes com DAC estável para avaliar questões não respondidas pelo COURAGE e BARI 2D

Autor: Dr. Humberto Graner Moreira

    Depois de financiar um dos mais importantes estudos em doença arterial coronariana (DAC) crônica – o STICH, o instituto norte-americano National Heart, Lung, and Blood Institute estará patrocinando outro grande estudo para tentar definir qual a melhor estratégia de tratamento para pacientes com DAC estável mas com isquemia moderada a grave.

    O estudo ISCHEMIA (International Study of Comparative Health Effectiveness with Medical and Invasive Approaches) irá comparar a coronariografia seguida de revascularização (percutânea ou cirúrgica) associada ao tratamento medicamentoso otimizado, versus a estratégia conservadora de tratamento clínico otimizado apenas. O desfecho primário é morte cardiovascular, infarto do miocárdio, ou hospitalização por causas cardiovasculares. Os desfechos secundários incluem angina relacionada com qualidade de vida e custo-efetividade.

    Este estudo foi projetado para responder às questões, ainda em aberto, levantadas pelo COURAGE e BARI-2D. A hipótese do estudo é que a estratégia invasiva possa reduzir a incidência do desfecho primário em comparação com uma estratégia conservadora em pacientes com isquemia moderada a grave, conforme verificado no sub-estudo COURAGE medicina-nuclear. ISCHEMIA será diferente de todos os ensaios que compararam ambas as estratégias porque os pacientes serão randomizados após a detecção de isquemia por exames de estresse, MAS antes do cateterismo cardíaco. Pacientes randomizados para a estratégia invasiva serão submetidos a revascularização percutânea ou cirúrgica a critério da equipe intervencionista e cirurgiões locais, com base nas recomendações do protocolo. Espera-se com isso reduzir o viés de seleção de outros estudos (que incluíam pacientes com anatomia conhecida), além de minimizar as taxas de cross-over entre os grupos.

    Está prevista a inclusão de 8.000 pacientes em aproximadamente 30 países. Seguimento mínimo será de dois anos e todo o estudo terá cerca de oito anos para ser concluído.

    Para maiores informações e acompanhamento do estudo, acesse: http://www.ischemiatrial.com

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