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Os pacientes deveriam ter acesso direto aos resultados de laboratório?

Autora: Mônica Samuel Avila

    Nos Estados Unidos, os exames realizados eletivamente são entregues para o paciente com um atraso de alguns dias (3 a 7 dias) para permitir que os seus médicos revisem os resultados. Em setembro de 2011, o Departamento de serviços de saúde americano (Department of Health Human Services), juntamente com outros órgãos regulatórios da saúde (Centers of Medcare, Centers of Disease Control and Prevention e Office for Civil Rights), propuseram uma nova regra para o acesso dos pacientes aos exames diretamente do laboratório.

    O objetivo da proposta é reduzir o trabalho do médico, diminuir o numero de pacientes que não recebem a notificação de exames prontos e reduzir o risco de perda de seguimento. Apesar de a regra ser considerada um passo importante para melhorar a segurança do seguimento após os resultados, existe uma falta de consenso na literatura sobre qual a melhor maneira de se notificar um paciente sobre um exame anormal.

    Existem estudos que apontam que os pacientes demonstram interesse em estar envolvidos na decisão médica e desejam acesso a informações em relação à sua saúde o mais rápido possível. O acesso direto aos resultados encoraja os pacientes a participarem ativamente do acompanhamento com seu médico, a se informarem mais sobre os exames, e a formarem uma maior parceria com seus médicos para atingir um melhor resultado.

    A proposta não inclui exames como anti-HIV, anátomo - patológico anormal e testes genéticos, para que os médicos tenham a oportunidade de receber os resultados antes e dar a notícia para seu paciente pessoalmente. A preocupação dos médicos é que esse acesso aos resultados sem uma explicação médica leve a ansiedade e confusão desnecessárias, especialmente quando os resultados são difíceis de interpretar.

    Além disso, muitos pacientes tentariam entrar em contato com seu médicos antes da consulta para solicitar esclarecimentos dos resultados anormais. A proposta será implantada em 39 estados dos EUA e as potencias conseqüências e benefícios dessa regra deverão ser rigorosamente avaliados.

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