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Demissão de médico jogando Paciência gera polêmica


Na última semana de abril, um vídeo foi divulgado mostrando um médico jogando Paciência em um computador enquanto uma paciente recebia cuidados de uma profissional de saúde. O vídeo repercutiu por redes sociais e veículos de comunicações e a Prefeitura de Osasco-SP demitiu o médico e abriu processo administrativo junto ao Conselho Regional de Medicina.

O secretário de Saúde da cidade afirmou ao vivo em um telejornal que as medidas foram tomadas porque “são fatos que envergonham a classe médica” e que isso servisse de “exemplo para que [outros] não procedessem da mesma forma.” Em nota, a Prefeitura da cidade considerou a atitude inaceitável e que “o cidadão deve ser respeitado sempre e, por isso, cobra-se um atendimento humanizado para todos".

A defesa afirmou que no momento do vídeo, o médico não estava atendendo a paciente. Encontrava-se na sala de triagem de enfermagem em seu horário de refeição e descanso. O advogado afirmou ainda que na unidade em que trabalhava o médico, não havia sala de repouso para os profissionais.

A atitude do profissional ao jogar Paciência durante um atendimento de um paciente em uma unidade de saúde é passível de criticas e deve ser investigado. Entretanto, a medida extrema tomada com intuito servir de exemplo pelas autoridades e considerar a atitude do médico uma vergonha a classe médica, mostra que a preocupação com a qualidade de estrutura dadas aos profissionais de saúde em alguns locais é secundária.

Ao cobrar um atendimento humanizado a população, deve-se questionar às autoridades a falta de humanização dada aos profissionais de saúde ao privarem estes de locais de repouso e alimentação e estrutura física adequada para atendimento dos pacientes durante jornadas que variam de 6 a 24 horas de serviço.

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