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Expectativas sobre a epidemia de Ebola são pessimistas
As ultimas semanas foram marcadas por notícias pessimistas em relação a epidemia
de Ebola na África Ocidental.
Segundos projeções publicadas no New England Journal of Medicine o número de
casos da doença deve atingir a casa dos 20.000 até novembro. A expectativa
anteriormente era que esse número fosse atingido somente em fevereiro de 2015.
Essa aceleração da epidemia já é uma realidade na Guiné, onde o número de
pessoas infectadas dobrou em apenas 15 dias.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, mais de 6 mil
casos foram identificadas desde o inicio da epidemia e a mortalidade gira em
torno de 50%. Entretanto, um estudo da Imperial College de Londres considera que
esse percentual pode subir para 70% até novembro desse ano.
A crise do Ebola trouxe outras consequências graves para os países afetados. O
FMI estima que Libéria e Serra Leoa poderão ter uma queda de até 3,5% em suas
economias, além de uma aumento da inflação e diminuição acentuada de arrecadação
de impostos. O sistema de saúde dos países da África Ocidental afetados está
seriamente comprometido. Além de perdas de profissionais de saúde, faltam
insumos adequados para o suporte dos infectados e o controle da epidemia. Toda a
mobilização dos serviços de saúde no combate ao Ebola, diminuiu o foco na
assistência a outras problemas de saúde o que deve aumentar o número de mortes
por malária, doenças cardiovasculares, outras doenças infecciosas e assistência
relacionada ao parto.
Com esse cenário sombrio, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou no fim
de setembro a liberação de US$130 milhões a Guiné, Libéria e Serra Leoa para o
combate da crise criada pela epidemia de Ebola.
Já o OMS declarou que nos próximos meses, milhares de doses de vacinas
experimentais devem estar disponíveis. Ainda em sem comprovação de eficácia e em
fase de avaliação de segurança, as vacinas serão dadas inicialmente a
profissionais de saúde que tiveram contato com pessoas infectadas. A OMS
recentemente autorizou o uso de soro e uso de sangue de sobreviventes da doença
nos países afetados.
A crise do Ebola foi tema no encontro na ONU na ultima semana de setembro. Os
principais chefes de estado alertaram sobre a necessidade de união de esforços
da comunidade internacional no combate a epidemia.